sábado, 24 de setembro de 2016

O de sempre

Neste exato momento me pergunto se terei a coragem de executar aquilo que tanto me da vontade. Acho que todo suicida procura a maneira menos dolorida de deixar essa vida, o problema é que não há maneira menos dolorida, qualquer opção para deixar a existencia envolve dor, com exceção dos calmantes, opção para poucos e a mais linda de todas, no mais, as outras envolvem uma dor escruciante por um tempo demasiado longo para tal. O que significa que a questão é coragem, que no meu caso não é muito grande.
O suicida não quer acabar com a vida, quer acabar com a dor, o que para mim é um problema, já que a dor é algo que vai e volta de tempos em tempos. Principalmente quando bebo ou me drogo. Li um dia, numa postagem do facebook que o vicio não é uma questão de dependencia quimica propriamente dita, trata-se mais de uma necessidade de fazer laços, na ausencia de qualquer laço a psique busca fazer laço com o que melhor a satisfaz. Como vou me desfazer dos meus vicios? enfim...

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Que fique registrado hoje, 06/08/2016, que tive o primeiro vislumbre de algo dentro de mim que não gostei e temi. Por um segundo quis e gostei da ideia de matar, apenas por um segundo, que aliás, me assustou MUITO, mas ainda 1 segundo. Se eu for um doente mental que fique registrado aqui e agora que essa foi a primeira vez que me dei conta da possibilidade ser um.

domingo, 26 de junho de 2016

Reflexão de domingo

"Existem coisas piores que estar sozinho mas geralmente leva décadas para entender isso e quase sempre quando você entende é tarde demais. E não há nada pior que tarde demais."
Charles Bukowski

Ao som de Farrell Ballad de Zakk Wylde repetidamente

Nunca pensei que fosse possível esse tipo de coisa. Sempre, desde pequeno sempre fui um tanto racional, por assim dizer, como quando via todas aqueles dramas sobre amor e todas as reações violentas que tanto eram fruto das paixões quanto das psicoses. Sempre achei um exagero todas as lagrimas e violências, como se as pessoas agissem por interpretar um personagem, o que tornava tudo muito tedioso. E vivi assim até uma boa parte dos meus 20 anos, sempre assim, mais intenso sentimento que tinha sentido até então era tristeza, que tornava tudo muito mais cinza na minha vida. Isso até te conhecer. Tudo se tornou muito mais intenso e perigoso e eu comecei a perceber a profundeza desses sentimentos tão terríveis. Acho que na verdade nunca fui muito saudável mentalmente, e acho que eu agora, posto que somos seres bio-psico-sociais, principalmente no que diz respeito ao social, me tornei meio que atrofiado. Tenho pesadelos recorrente com você, com seu rosto sorrindo e tantas outras coisas. Nunca te procurei depois do que houve, e isso já faz 6 ou 7 anos, sempre soube que nosso caso era uma impossibilidade em essência, e que o certo é manter distancia para sempre de você, inclusive era tudo que eu queria. Sempre temi ser aquele tipo de ex psicopata que persegue e briga e faz toda a sorte de loucuras, por isso travei uma batalha interna épica para nunca mais te ligar de um dia para outro. Isso me consumiu, perdi a faculdade, perdi o estagio, perdi o emprego onde tinha acabado de ser promovido, e tudo que eu havia conquistado durante nossos 5 anos juntos eu retrocedi. Até mesmo parei de escrever meus blogs e contos.
Eu não mudei de ideia, eu sei que nada do que foi voltará, e na verdade eu não quero, tenho vivido mais mesmo por viver, as coisas não tem mais o tom cinza de indiferença e apatia que tinham antes de conhecer, agora, com sua ausência, tudo ganhou um tom sombrio de lágrima seca, de página rasgada, de oportunidade perdida. Já me perguntaram por que eu te odeio tanto, o que nem é verdade, ao menos não mais, mas eu tinha que dizer isso, o que mais eu diria? Não dava pra dizer, nem pra mim mesmo, que sentia algo diferente de ódio. Mas hoje que minha vida parece dar sinais de melhora a passos de formiga e a duras penas, as circunstancias estão me forçando a ter que te rever e nada me assusta mais que isso. Nunca pensei que fosse possível isso, mas na ultima vez em que nos vimos eu não via a hora de me afastar de você, senti algo tremendo e terrível que não posso nomear como outra coisa que "ranço". Não, eu não tenho ódio de você, mas depois de tudo que aconteceu e a maneira como tive que lidar não só com as minhas dores, mas com as dores dos outros, você se tronou para mim uma enorme ferida aberta que dói quando faz frio, quando faz calor, quando estou sozinho, quando estou rodeado de amigos, quando venta, quando ligo a tv, quando faço minha marmita, quando abro a geladeira, quando bato o cartão de ponto, quando fecho os olhos, só não dói quando bebo e... enfim. Depois de todos esses anos posso dizer que já me acostumei um pouco, não se passa maldito dia em que não penso em você e no que está fazendo, mas na maioria dos dias é apenas um pensamento que vem e vai, mas há dias em que me seguro para não derramar uma lágrima. Não toco mais Djavan e muito raramente escuto e ainda assim nenhuma das musicas que eram nossas.  Hoje senti a necessidade de fazer esse desabafo mudo e surdo, para logo em seguida após um cigarro e um café, assistir alguma série ou filme alegre no qual vou fantasiar como seria minha vida se não fosse um cretino pobre e rancoroso. Sequer vou revisar isso pois ninguém vai ler mesmo, nem eu quero ler isso.

Boa noite princesa

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Alguns pensamentos



No final das contas as pessoas parecem sempre estar presas daquela mesma doença chamada cotidiano. Talvez haja algo muito terrível e misterioso nesse tal cotidiano do qual as pessoas tentam fugir a todo custo. No final das contas estamos todos presos de uma série de conceitos um tanto abstratos dos quais a filosofia a sociologia e todas ciências humanas se encarregam de definir. Num dia se acreditar estar vivendo seu amor mais único, mais intenso, mais louco e logo em seguida você descobre que tudo não passava de idealização. Nada mais pode ser mais mortal para um ser humano do que as idealizações criadas por suas próprias necessidades. Não há uma batalha a ser travada do que aquela que se trava consigo mesmo.

As pessoas me irritam com todas suas neuroses e seus sofrimentos e me dizem o quanto não tiveram chance na vida, e toda essa babaquice da triste condição humana, mas é um coisa realmente surpreendente quando você um morador de rua passar num concurso para trabalhar no banco do Brasil. Isso faz você pensar em toda essa serie de lamurias cinzas. No final das contas o único inimigo que temos somos nós mesmos, já dizia aquele velho filósofo que o ser humano nunca será livre uma vez que tem vontades, sempre será escravo de suas vontades.

Tenho amigos que me falam sobre o instinto humano, sobre como nesse ponto nos assemelhamos aos animais, e me fala de uma maneira tão convincente que as vezes me pergunto que droga tão boa é essa deixa essa alucinação no cérebro por tanto tempo. Discussões que me cansam sobre o ser humano, pois o ser humanos me cansa, não sei porque devo me importar com algo, porque tomar um posição sobre qualquer coisa? Nada faz mais sentido, nada parece ser realmente valido.

Não levar fé nunca em outra pessoa, não trocar-se por outra pessoa, nunca deixar de confiar em sua intuição.

Meus Erros.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O passado finalmente fica para trás

Por anos a dor me invadiu, por anos acreditei no que me disseram todos os autores, todos os músicos, quando na verdade tudo que eu precisava entender é que para ser feliz eu não precisava de ninguém mais além de mim. Nunca vou entender como permaneci por tanto tempo na escuridão da dependência. Nunca mais irei deixar de ficar com pessoas que gostam de mim para submeter-me a um ser que só pensa em si. Hoje a paz invadiu o meu coração, hoje vejo que todo esse sentimento que aos pouco me veio carcomendo a alma nunca passou de uma idealização das minhas carências. Em verdade vos digo que acredito serem as palavras de Renato Russo as mais verdadeiras a respeito do amor quando disse que não acreditava em amor, mas sim em respeito e amizade.

De nada adiantou noites de insônia, lágrimas, dores profundas no peito, e toda essa sorte de dores sentimentais,no final das contas as soluções para todos os nossos problemas estão dentro de nós. Já o que vejo é surgir uma nova aurora em minha vida, já vejo tudo que posso mudar e assim será.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Arrependimento

Pois que se arrependimento matasse provavelmente estivesse já decomposto. Tudo quanto perdi durante esses seis anos, quanta vida desperdicei quantas mulheres maravilhosas passaram por mim, quantas baladas, viagens, poderia ter começado minha faculdade antes, enfim que a vida se renove agora ou hei de me desfazer da velha.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Perda e finitude

É deitar à noite numa cama de pregos
É não entender o que aconteceu
É a morte de todos os egos
É sentir dolorosamente o quê morreu
É esperar por alguém que não virá
É não ter alento de forma alguma
É andar sem destino pra lá e pra cá

É não saber no que acreditar
É não ter ânimo pra nada
É querer se matar
É vida cinza e enfadada
É lágrima, e lágrima e mais lágrima
É solidão que ninguém quer saber
É olhar a vida sem esperança de cima
É não querer viver

É morrer com vida
É dia que não alegra
É a mais pura dor da ida
É andar carregando quios de pedra
É mais uma vez fracassar
É se arrepender
É dor que faz urrar
É a mais dura maneir de não ter

É a perda e a finitude
É fazer da cama de pregos ataude
É da noite o negrume

Italo Jorge