quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Das ilusões

Pois que pedir socorro não convém nem resolve, nem morte, nem absolutamente nada. É dormir numa cama de pregos sob o sol mais escaldante. Assim se fez neurose naquele dia. Ego mal trapilho, semblante roto e vontade inexorável de fixar aquela montanha peregrina. Tudo se resume a "glebas manchadas de sangue", como já disse a poetisa “petúnias e sarças”.

Tudo parece fazer tanto sentido, mas um sentido tão cruel, uma coisa tão desesperadora...

Venha minha criança, não cresça, diga pra mim que não construiu no seu intimo esse edifício absurdo do ego ressentido humano, não faça pó do ouro que te tenho guardado há anos.

Fugir de toda essa neurose, toda essa batalha que luto sozinho parece impossível.

Essa ligeira felicidade cinza da tepidez de todas as manhãs, tão iguais umas as outras, são cruéis. A noite é simplesmente impiedosa. O que se faz quando nada consola?

Essa dor lancinante, essa inquietude, essa eterna inconformidade.

Todo esse silêncio me corta ao meio, ninguém parece ser capaz de oferecer uma luz.

http://youtu.be/NQ4hQD1V1Zc

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