quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O individuo dito “eclético”.
O que é ser eclético? Estava eu num determinado lugar onde ouvi um clichê que me irrita muito quando ouço “...eu sou eclético, eu curto de tudo desde forró até um rock, mas não pesadão...”, logo me lembrei de um episodio que ocorreu durante uma aula de filosofia, no caso o aluno que (pra variar) se achava de alguma forma inteligente, ao ouvir o professor dizer “para vocês poderem dizer que o funk é realmente bom vocês precisam conhecer Beethoven...” esse dito aluno resolveu dar uma mostra da típica inteligência de nossos adolescentes, ele disse “mas professô, se todo mundo tivesse o ‘memo’ gosto imagina como seria o mundo”, eu, claro, fiquei esperando ansioso pela resposta do professor que a propósito é um individuo bastante singular em si tratando de ensino no Brasil.
Atente para a resposta do professor; “como você sabe que você gosta do que você gosta? como você sabe do que você gosta? você conhece outra coisa além dessas coisas que você gosta?” É claro que o aluno não ficou calado, começou a falar aquele monte de asneiras fora de contexto e sem sentido característico de tais indivíduos, além disso, a intenção do professor de fato não era calá-lo e sim incutir alguma reflexão na mente daquele ser tão deplorável.
Agora, Falando a Real, eu percebi que de fato o questionamento proposto ali era de fato importante. O sujeito dito eclético não faz idéia do que de fato do significa a palavra.
O fato é que nós seres humanos somos todos alienados de alguma forma, sentamos diante de uma televisão e ficamos todos num completo estado vegetativo, responda agora, no que você pensa quando esta assistindo TV? NADA, somos todos assim, sendo assim como sabemos de fato do que é que nós gostamos? Como sabemos que não estamos simplesmente seguindo unicamente aquilo estamos acostumados a ver e ouvir no cotidiano, ou influencias de nossas infância?
Daí vem conceito principal deste texto; precisamos conhecer de fato o que realmente gostamos, pois individuo que segue diz gostar de funk, pagode, sertanejo e forró não é eclético, é na verdade um mero seguidor e consumidor de cultura de massa,tem tanta personalidade quanto o cara que só gosta de um desses refugos culturais.Se prender a rótulos culturais, estilos musicais etc, também é uma maneira de se restringir seus horizontes, sua visão de mundo e até mesmo uma maneira de não entender seus próprios sentimentos.
Busquemos o máximo de culturas diferentes desse lixo que impera em nossas vidas proletárias, ou então morramos todos na cegueira completa como animais criados em cativeiro. Ah para com isso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário